Percentagem significativa de professores incompetentes

Provavelmente, iremos merecer a designação do reaccionários e retrógrados, mas vamos aplaudir às medidas recentes do Ministério da Educação que insiste em introduzir os exames para os professores que entram na profissão e para os que têm menos que 5 anos de experiência profissional.

Nós iríamos ainda mais longe, propondo exames que condicionam a progressão na carreira, e ainda outros, periódicos, de 5 em 5 anos.

A verdade é que a profissão de Professor é demasiadamente importante para o nosso futuro, e não deve ser exercida pelas pessoas incompetentes, já que a sua incompetência tem um efeito multiplicativo, muito dificilmente corrigível.

Não podemos concordar com a afirmação que um Diploma universitário proporciona uma garantia suficiente da competência científica, pedagógica e educativa do Professor, pois quando as Universidades são forçadas de atrair e manter os alunos em números suficientes para assegurar a sua própria existência, as noções de qualidade e de exigência ficam rapidamente esquecidas e substituídas pelo facilitismo e permissividade.

Quanto a percentagem referida, a nossa estimativa conservativa, segundo as nossas experiências pessoais, é de 30%.

10 comentários:

D.Diego disse...

O problema é que, além da falta de qualificação técnica ou científica, deve-se considerar a qualificação pedagógica que existe nos professores. Em Conselhos de Avaliação, já votaram notas de 2 para 3 ou de 8 para 10 sob pretextos tais como a altura do aluno, o "fazer-lhe um favor porque se porta bem", o "não está aqui a fazer nada", etc., etc. É o prémio à incompetência! E a maioria dos professores acha que faz um grande favor ao aluno, baixando a fasquia e, mesmo assim, passando-o sem que o mesmo a transponha.

Anónimo disse...

pelo modo como comentam são todos entendidos neste assunto, isto lembra-me as discussões de tasca sobre a decisões do treinador de futebol da equipa X, todos percebem muitoe criticam as opções tomadas, o que significa que na realidade não percebem rigorosamente nada do assunto, pois se o percebessem estavam calados. tal como o cão pequeno ladra à passagem de um grande, não para o intimidar mas por medo, convosco é o mesmo ladram porque têm medo que os outros, aqueles que são verdadeiramente grandes, provem a vossa ignorância. E mais não escrevo, até pq é tempo perdido e time is money.

José Carrancudo disse...

Caro Anónimo,

Antes pelo contrário, sempre gostaríamos de ouvir opiniões dos peritos mais entendidos e mais qualificados de que nós próprios.

Cumprimentos,
J. C.

M.J. Cruz disse...

Seguindo aquela máxima "Uma pessoa inteligente sabe rodear-se de pessoas mais inteligentes que ela propria."

Força

Anónimo disse...

Concordo plenamente com a avaliação dos professore. Mas acima de tudo, acho que é necessário ter em conta a forma como os professores transmitem os seus conhecimentos.
Durante a minha vida de estudante conheci bons e maus porfessores, como todos nós. Contudo, não me estou só a cingir aos conhecimentos que tinham da disciplina, mas à forma como a transmitiam.
Por exemplo, uma das áreas mais controversas em Portugal, a matemática. É leccionada a maioria dos casos por engenheiros; todos sabemos que neste curso não existe nenhuma área pedagógica, assim, os seus conhecimentos a nível da matemática eram fantásticos, mas incapazes de os transmitir aos alunos.
No meu percurso de 16 anos escolares, sempre fui apreciaodra de matemática, mas posso dizer que só conheci uma professora que conseguiu introduzir em todos os alunos da turma o "bichinho" da matemática.
assim, na minha opinião, não se devia dar tanta atenção às médias aritméticas mas
às competências de cada um.
De há uns anos a esta parte assiste-se em Portugal à valorização excessiva da média aritmética e desvaloriza-se o carácter de cada um.
Concluindo, concordo plenamente com a avaliação dos professores, mas temos de ter em atenção a forma como é feita; pois, ao contrário, cairemos no erro de sempre, as "cunhas" vão ser primordiais.

Mário de Noronha disse...

Acho ser imprescindível que um professor seja avaliado pelo seu trabalho, pela aquisição de conhecimento dos alunos e, especialmente, por estes em relação à forma de transmissão de conhecimentos, à quantidade e qualidade de conhecimentos adquiridos.

José Carrancudo disse...

Na abordagem Chinesa, é que para entrar em funções, é preciso antes passar um exame. Assim foi desde sempre, e em qualquer área de actividade. Deste modo, têm pessoal competente em todos os serviços.

De mesmo modo, os alunos na escola são avaliados apenas por exames, ou seja, pelos conhecimentos que têm.

Na minha óptica, todos os processos de avaliação de professores são uma perda de tempo inútil. Devem os professores passar exames periódicos, para confirmarem as suas qualificações científicas e pedagógicas.

As avaliações dos alunos igualmente devem ser moralizadas, passando por exame e apenas por exame. O resto - é uma fraude educativa.

Rolando Almeida disse...

Uma avaliação como é proposta no post parece não funcionar por uma razão especial: Portugal não tem, pura e simplesmente, na esmagadora maioria das áreas de ensino, massa crítica para fazer uma avaliação destas. No caso do poder público, o ME nem sequer tem capacidade para fazer programas de ensino rigorosos, nem exames quanto mais avaliar dessa forma os professores. Depois porque as boas reformas não se fazem assim tão abruptamente, mas com trabalho aturado e contínuo. Finalmente a falta de profissionalismo não é um problema exclusivo dos professores. Ele existe em todas as áreas e existe também - e muito - no ensino universitário.

Unknown disse...

A partir deste momento, exigo que o médico que lida com vidas humanas, faça exames anualmente para provar que é bom médico e que os advogados deste pais façam exames de dois em dois anos para provarem que sabem as leis, e já agora, os pais dos meus alunos só poderiam ter filhos depois de fazerem um exame de formação cívica, responsabilidade social e regras básicas de educação, 90% chumabava ,e resolviam-se já todos os problemas da educação.

Fernando Pena disse...

Muito bem! Gostava muito mais de ver as pessoas preocupadas com a quantidade inaceitável de professores mal preparados, que não sabem sequer aquilo que têm de ensinar, e que liquidam gerações sucessivas de alunos com a sua ignorância. Isso, sim, deveria deixar inquietos os bons profissionais.